
PROJETO PILOTO
Aplicação do Método Particip[ATIVA] no Morro do Quilombo, Florianópolis
FLORIANÓPOLIS

ITACORUBI

MORRO DO QUILOMBO

o morro do quilombo
O Morro do Quilombo é uma comunidade situada no bairro do Itacorubi em Florianópolis, cujo crescimento populacional das últimas décadas deve-se, majoritariamente, aos avanços da região central do Itacorubi. Esse crescimento foi impulsionado pela instalação do campus da UFSC e da UDESC durante a década de 60. A partir dos anos 70, o Morro do Quilombo começou a aumentar sua densidade populacional.
Parte das ruas da comunidade foram regularizadas até 1990. Sendo assim, criou-se uma nítida divisão entre moradores pré e pós esse período. Os mais antigos possuem casas de alvenaria e terrenos demarcados, enquanto os mais recentes ocupam áreas verdes com construções irregulares, em terrenos de encosta e situação de vulnerabilidade (SPINELLI, 2022).
O terreno e as problemáticas iniciais

Representantes da comunidade do Morro do Quilombo entraram em contato com o AMA (Ateliê Modelo de Arquitetura) para discutir em conjunto soluções para um terreno público subutilizado dentro da comunidade (classificados no Plano Diretor Municipal como ACI (Área Comunitária Institucional) e AVL (Área Verde de Lazer). Considerando o caráter participativo desta demanda, a equipe do LAPAM uniu-se ao AMA para desenvolver o projeto. Em reuniões preliminares com representantes da comunidade do Morro do Quilombo, a equipe do projeto tomou conhecimento de que faltam vagas para atendimento de crianças na Educação Infantil e em contra turno escolar. Do mesmo modo, a comunidade não possui estrutura própria para encontros comunitários, tampouco espaços livres de lazer qualificados.
aplicação do método particip[ATIVA]
1° mOMENTO: DESCOBERTA
etapa 1: reconhecimento

Ação 1.1
Identificou-se a rede mínima de apoio, com visitas das lideranças à sede do AMA e visitas da equipe de trabalho à comunidade.
Instrumentos utilizados: Informante-Chave; Bola de Neve; Conversas informais

Ação 1.2
Conheceu-se a região em 3 visitas diferentes, durante 2022 e 2023. Durante a caminhada pelo bairro, foram feitas anotações em mapa impresso e o grupo foi acompanhado pelos moradores da comunidade.
Instrumentos utilizados: Percepção ambiental georreferenciada, Walking Tours, Diário de Campo.

Ação 1.3
A comunidade carece de espaços apropriados para os encontros participativos. Logo, quando realizam reuniões, costumam utilizar o espaço da igreja, alguma garagem residencial e, em alguns casos, o salão da Associação de Moradores do Itacorubi, na parte baixa do bairro.
Instrumentos utilizados: Conversas Informais.
etapa 2: aproximação
primeiro contato com a rede mais ampla de pessoas interessadas em ações colaborativas.
Ação 2.1: evento de sensibilização, motivação e criação de vínculo com a comunidade
Com o objetivo de sensibilizar, motivar e criar vínculos por meio de experiências positivas, a equipe optou por realizar um piquenique de integração na principal praça da comunidade. Com foco nas crianças, o evento contou com música, oficina de argila, pula-pula, pintura facial, escultura de balão, pintura com tinta e lápis de colorir. Durante o evento, apresentaram-se os objetivos de realizar um planejamento participativo a todos os adultos que aproximavam-se para participar ou acompanhar as crianças.
Instrumentos utilizados: Conversas Informais, Redes Sociais.
Ação 2.2
Avaliar o interesse da comunidade em participar de ações colaborativas.
Instrumentos utilizados:

Ação 2.3
Convite para participação em ação colaborativa.
Instrumentos utilizados:

Dificuldades encontradas no Primeiro Momento:
- Impossibilidade de criar grupos de interesse em comum;
- Dificuldade de cooperação e integração entre os grupos;
- Falta de conhecimento local por autoridades institucionais.
2° mOMENTO: EXPERIMENTAÇÃO
etapa 3: escuta
Ação 3.1: saber o que está bom e o que pode melhorar (mapear as demandas da região, além de classificar coletivas e individuais)
C.
Instrumentos utilizados: C.
Ação 3.2
Sistematizar (agrupar, classificar) as informações compartilhadas.
Instrumentos utilizados: Categorização de Dados.

Ação 3.3
Identificar prioridades/viabilidade para a ação participativa.
Instrumentos utilizados: Roda de Conversa.



Assim, a equipe facilitadora chegou na definição do seguinte programa:
ESPAÇO MULTIUSO
Que possa atender: reuniões comunitárias, confraternizações, apresentações, atividades de contra turno escolar e capacitação profissional. Deverá conter um grande salão multiuso, salas de apoio, cozinha, banheiros, depósito e área de serviço.
O espaço externo deverá estar conectado, cujo projeto permita praticar atividades de lazer, lúdicas e contemplativas ao ar livre.
etapa 4: Criação
Ações 4.1 e 4.2
Dinâmica e discussão sobre os projetos/experiências de referência; discussão qualitativa sobre as condicionantes do projeto (de contexto, de normas, de tema).
Instrumentos utilizados: Roda de Conversa.
Ações 4.3 e 4.4
Apresentação do estudo preliminar e maquete, com discussão sobre a proposta e possíveis mudanças para adequação ao programa de necessidades.
Instrumentos utilizados: Roda de Conversa e Módulos Físicos

em 2024…
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